domingo, 20 de maio de 2012



A sensibilidade pedagógica
 no ato de ensinar e aprender



Rafaela de Oliveira Falcão(1), Maria da Glória Barbosa Matoso(2)
 Pedagoga, especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Universidade Estadual do Ceará.
2 Profa da UECE/FAFIDAM


A aprendizagem da leitura e da escrita constitui uma ferramenta indispensável para a plena inserção social. Não nos referimos àquela aprendizagem mecânica, que permite somente a decodificação e reprodução de símbolos, como apregoou por muito tempo a pedagogia tradicional, mas, sobretudo, referimo-nos à apropriação do conhecimento que permita uma leitura dinâmica e sistêmica de mundo, que humanize o sujeito inserindo-o na sociedade como autor de sua própria história.
  O Instituto Nacional de Estatística e Pesquisa em Educação (INEP) revela que a maioria dos alunos  do Ensino Fundamental não possui habilidades cognitivas referentes à alfabetização e ao letramento. Mas, por que existem tantas dificuldades referentes à aquisição da leitura e da escrita por parte dos alunos em sua tenra idade? Idade esta propícia ao ato de aprender.
Mesmo diante desta realidade, é possível observar que quando uma criança ingressa na escola, já possui as habilidades linguísticas adequadas para o processo de desenvolvimento da leitura e da escrita, pois são as mesmas habilidades de compreensão da fala. Uma criança não aprende a falar, porque um adulto a ensinou de maneira sistemática. Entretanto, desenvolve a fala observando a fala do adulto, interagindo com ele e buscando atender suas necessidades a partir dessa comunicação.    
Desta forma, para que uma criança aprenda a ler e escrever, não é necessário um árduo esforço, basta inserir esse aprendizado em seu cotidiano de uma forma natural. É neste sentido que o adulto, sobretudo, o professor, deve agir de modo consciente, com sensibilidade e bom senso na prática docente.
 Sendo assim, é importante mencionar   o papel desse profissional, que deve centrar sua prática num modelo que propicie ao aluno o desenvolvimento de sua criticidade e sensibilidade frente às letras. Não basta apenas decodificar. É preciso compreender, contextua-lizar, aplicar esta leitura de forma significativa, tomá-la como um meio de interpretar o mundo e interagir nele.
  Somente assim, a leitura e a escrita serão apresentadas à criança como um instrumento rico de expressão que, contextualizado a sua realidade, irá proporcionar segurança para romper com os conflitos próprios desta aprendizagem.

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